O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de transporte Rodoviário de Passageiros Intermunicipal e Interestadual (Sinteti) repudia o posicionamento das empresas de ônibus que, após quase três meses de negociação, resolveu encerrar as reuniões que eram acompanhadas pelos mediadores do Ministério do Trabalho. A decisão de rompimento veio após o sindicato laboral rejeitar, nessa sexta-feira (15), a proposta que reduz a jornada de trabalho dos rodoviários de 44 para 18h semanais. Para o Sinteti, os salários baixarão mais de 50%.
Na primeira mediação, o Sinterônibus expôs um reajuste de apenas 1,69%, sem aumento no vale refeição e na cesta básica. Com a resistência do sindicato da categoria, os empresários aumentaram para 2% o reajuste salarial, R$ 0,26 no vale refeição e R$ 2,50 na cesta básica. A sugestão causou incômodo, e nessa sexta-feira (15) fixaram o reajuste em 3%. O vale refeição aumentou R$ 0,50 e a cesta básica subiu R$ 10, mas não houve acordo, pois o Sinterônibus impôs que o aumento somente seria possível com a concordância do Sinteti na redução de jornada de trabalho e de salários. Sendo assim, a negociação voltou a estaca zero.
O sindicato laboral iniciou o processo pedindo 8% no salário, todavia, para evitar o travamento, os sindicalistas baixaram a proposta para 4%. No vale refeição o Sinteti apresentou a proposta de R$ 14 e sugeriu uma cesta básica no valor de R$ 140. A jornada de trabalho permaneceria as 44 h semanais.
Durante a tarde, os diretores do Sinteti se reuniram com motoristas e cobradores na rodoviária Engenheiro João Tomé. No local, os dirigentes explicaram pontos que foram discutidos nas reuniões realizadas no MTE e asseguraram que a redução na jornada de trabalho prejudicará os rendimentos mensais dos profissionais.
A diretoria estará reunida na próxima quarta-feira (20) para definir um calendário de mobilizações e assembleias, que serão iniciadas até sexta-feira (22) com intuito de destravar as negociações.
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